Crítica | X-men: Apocalipse (2016)

Maykon Oliveira
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O último filme da nova trilogia dos X-men chega ao cinema, encerrando um novo ciclo após ''X-men: Dias de um futuro esquecido (2014)'', a franquia dos mutantes agora ambientada nos anos 80, permite um visual mais quadrinesco aos personagens e um maior destaque para os poderes de seus maiores ícones como Scott Summers (Tye Sheridan), Jean Grey (Sophie Turner) e Noturno (Kodi Smit-McPhee).

O roteiro funciona em aspectos de apresentação de personagens, a introdução de novos mutantes é uma das melhores partes do longa, destaque para a atuação de Noturno, e respectivamente Jean Grey, ambos estão aqui para movimentar a trama e trazer alívio cômico para o público. Os demais personagens também têm seu peso na história e seu momento de tela, no entanto, não acrescenta novidade para a franquia. O nascimento de um líder seguro e poderoso é retratado em Apocalipse, porém, o vilão é clichê, possuí um visual estranho e somente nos momentos finais mostra realmente a extensão de seu poder, o que acabou por tornar o desenvolvimento da trama um pouco maçante.

O professor Xavier (James McAvoy), e Magneto (Michael Fassbender), ainda são os pilares da trama em questões de interpretação e desenvolvimento de personagem. O peso sobre a perda da família, medo, raiva e a evolução de poderes é bem retratada. O figurino de Xavier é um dos melhores já visto até aqui, além das expressões corporais e faciais de serenidade, ele ainda incorpora um arco dramático complementar para seu futuro nos próximos filmes.

O contraponto é a proposta de ser uma história complexa, que acaba sendo despedaçada cena por cena, seja para apresentar personagens, ou resgatar conceitos e trechos que já foram vistos na primeira trilogia. Além dos diálogos explicativos demais, Mística (Jennifer Lawrence), incomoda por ser heroína e ainda assim não saber lidar com algumas questões pessoais como romances antigos ou o modo como encara seus problemas, sem que exista alguma solução ou desenvolvimento na trama. A fotografia é escura na maior parte do filme, exceto em cenas cômicas, onde é preciso retratar como era os anos 80 e suas roupas brilhantes e sempre em destaque. Os efeitos especiais são razoáveis, apesar de, o Anjo ter um dos piores tratamentos em computação gráfica dos últimos anos.

X-men: Apocalipse, diverte e entretêm, porém não é um dos melhores filmes dos X-men já feitos, e ainda peca por efeitos fracos, um vilão clichê, e uma história não muito relevante para o futuro da franquia. Ainda assim, vale a pena conferir o trabalho de apresentação de personagens e a atuação dos novos integrantes da equipe.

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