Crítica | Minha Mãe é uma Peça 2 (2016) Um dos melhores filmes nacionais já feitos

Maykon Oliveira
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Em comparação com o primeiro filme, Paulo Gustavo está muito mais natural em seu papel como Dona Hermínia, sua voz ganhou um tom mais fino e suave, e seus gestos estão mais coerentes em diversas situações. O que causa riso em Minha mãe é uma peça 2, é justamente o improviso em algumas cenas, o uso excessivo de palavrões moderados, e a liberdade para arriscar em assuntos mais cotidianos ao invés de apostar apenas nas polêmicas já conhecidas do humor Brasileiro.

Entre todos os seus acertos, neste filme, há algo diferente. A trama é extremamente mais sentimental do que seu anterior. Em duas cenas no meio do filme, o ritmo de comédia é quebrado, e o espectador é imerso em uma angústia sobre as reflexões de crescer e estar sozinho. Este elemento que explora a solidão, é algo que eleva o roteiro para algo muito mais detalhado e profundo em seu desenvolvimento. O que faz este longa ser um sucesso, é a esperteza em como utilizar o cotidiano do Brasileiro em uma boa comédia, sem cair no humor chulo de situações que envolvam assuntos como: Classe econômica, cor de pele, e situações sexuais gratuitas. 

O brilhantismo, é explorar o desenvolvimento dos personagens, planos de fundo, e a diversidade das situações da família central. O humor tornou-se mais abrangente, a história tem mais profundidade, e o foco é a mãe brasileira trabalhadora, sentimental, furiosa e carinhosa que todos temos. Definitivamente, um dos melhores filmes nacionais de todos os tempos, a diversão além de estar garantida, é também, desenvolvida ao seu nível máximo. 


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