Crítica | Boku Dake Ga Inai Machi (2016) A Cidade onde apenas eu não existo

Maykon Oliveira
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O anime é definitivamente um dos melhores de 2016, a trama usa um recurso inovador de manter a tela em Widescreen (tarja preta dos lados), para mostrar os momentos que se passam no passado, e Fullscreen (Tela cheia), para mostrar os acontecimentos no tempo atual.

A narrativa acrescenta elementos que fazem parte de grandes histórias de terror, e elementos que são automaticamente usados em filmes ao qual o gênero é drama, como por exemplo: sombras sugestivas para evidenciar perigo, e narrativa melancólica e desesperada.

O crescimento dos personagens e como isso vai percorrendo a trama para se encaixar em todas as linhas temporais que são abertas é magnífico, a sensação à cada momento de interação entre às crianças transmite calma, e alegria. São momentos compensatórios e que servem como base para dar peso à história e motivação, tanto para o protagonista, quanto para o espectador.


Uma das cenas mais belas do Anime. 
A animação é belíssima, e traz tanto uma expectativa de felicidade, quanto um medo que vai se instalando aos poucos e tornando cada cenário feliz, em um lugar triste, sombrio e macabro. O elemento 'terror' dá dicas de quem pode ser o assassino em série, e nos momentos que isso está sendo construído, as perguntas que surgem na cabeça de quem está vendo vão aos poucos sendo respondidas e explicadas até mesmo pela reação das crianças em meio ao perigo que por vezes é ameaçador, e por outras é inocente e acaba por movimentar a trama para os eventos mais fúnebres.

O arco final acaba por ser covarde e conveniente para que todas as situações sejam resolvidas, a sensação é de que estavam prontos para acabar e no último momento decidiram cortar alguns desfechos que seriam interessantes na narrativa. No entanto, a construção das linhas temporais, o apelo em histórias frágeis e delicadas, e a exposição dos sentimentos mais profundos do ser humano resultam em uma obra fantástica, pesada, memorável e espetacular.


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