Chegamos a temporada de terror do ano. Anabelle 2: A Criação do Mal, chegou com o potencial para realmente assustar o espectador e entregar uma excelente história, mas será que é isso mesmo que acontece?
O problema do longa é o seu vasto arsenal de clichês que rodeiam o gênero desde sempre: Crianças possuídas, a casa assombrada, um boneco amaldiçoado e Jumpscare, muito, muito Jumpscare. Essa técnica é bastante utilizada em vídeo games e filmes de baixo orçamento. O Jumpscare consiste em colocar uma imagem para gritar de frente a tela e o som coopera para assustar você ainda mais.
Sabe aquela cena em que tudo fica quieto e a câmera se movimenta focando em um corredor escuro? Pois é, isso é a preparação para o Jumpscare. Esse recurso não é rico em narrativa, muito pelo contrário, é barato e sem desenvolvimento. Não é o terror pelo terror, é o susto pelo momento, e apenas isso. Quando a história dá sinais de que irá melhorar e finalmente entrará nos trilhos para desenvolver bem sua narrativa, ela volta aos dolorosos clichês iniciais e tudo desanda.
Mas nem só de críticas vive esse filme. Uma ótima direção de câmera está presente aqui. Os ângulos, a fotografia e a trilha sonora se salvam e se sobressaem. É importante frisar que este filme conta a origem da boneca bizarra que dá nome ao filme, portanto, o final dele promete se conectar diretamente ao primeiro Anabelle, lançado em 2014, o que além de ser curioso, é ótimo. Levando em conta que o primeiro filme é ruim e mal executado, este aqui pelo menos se salva entregando alguma história, mesmo que entrelaçada a situações idiotas e sem peso algum.
Foto: Warner Bros. Pictures