Crítica | A Colina Escarlate (2015) Valores peculiares sobre o sobrenatural

Maykon Oliveira
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A Colina Escarlate, é uma obra que se utiliza de metáforas e lendas para contar a história de fantasmas do passado que tentam a todo custo avisar sobre os perigos que uma mansão estranha esconde. A produção é do elogiado diretor Guillhermo Del Toro (O Labirinto do Fauno). O sucesso do aclamado diretor corresponde às suas obras que misturam fantasia e terror, não importando o ambiente em que se passa a narrativa.

A história em si não é algo inédito, muito menos criativo. A todo momento podemos sempre estar lembrando do aclamado filme ''O iluminado'', e ''A Mulher de Preto'', além de diversas outras referências à cultura pop. Porém, apesar destes deslizes, algo consegue despertar a curiosidade para as subtramas que aos poucos vão sendo estabelecidas, até o ponto que é praticamente impossível abandonar o filme sem estar curioso para o final e para as respostas sobre as perguntas levantadas. A fotografia é definitivamente uma das melhores de toda carreira do diretor. Um verde piscina contrasta com tons sépia para dar o ar de Fantasia e passado à todas as cenas. O gelo, o vermelho sangue, e o marrom desgastado também passam sensações de perigo e medo.

Um dos problemas desta produção, é a falta de coerência em diversas situações, e o modo de como ela parece uma novela que está sendo contada em capítulos e que carrega picos de adrenalina e calmaria ao longo de sua história. Os fantasmas retratados são realistas em algumas cenas, no entanto, eles não são aproveitados ao longo do filme e acabam por caírem no esquecimento, o que é algo que pode chegar a incomodar.

Em suma, a nova produção de Del Toro é magnífica, curiosa, e tem seu valor de entretenimento, porém, está longe de ser a melhor obra do diretor, ainda sim, agrega valores interessantes sobre o sobrenatural e merece ser assistida.



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