Crítica | IT - Uma Obra Prima do Medo (1990) Um palhaço que mata crianças

Você tem medo de palhaços? Não deixe Pennywise descobrir.

Um dos maiores clássicos de Stephen King é certamente uma obra atemporal que além de dar medo, desperta sua curiosidade. Na obra, sete crianças enfrentam uma criatura centenária que se alimenta do medo e muda de forma, uma hora chamada de It (A coisa), outra de Pennywise (o palhaço Parcimonioso) na cidade fictícia de Derry, no Maine. 27 anos depois, eles são chamados de volta para o confronto definitivo quando a criatura volta a matar crianças. 

A melhor parte deste filme é certamente o close-up em Pennywise, é tudo muito assustador e transmite uma sensação de desespero para quem está assistindo. A entidade que muda de forma, assume diversas características ao decorrer do filme, sendo a do último ato a mais tosca - porém assustadora - delas.  

O clássico brinca muito com essa persona de um assassino de crianças a solta no bairro. O lado mais sobrenatural da história demora muito para finalmente dar as caras, mas quando o faz, chega com maestria. Não é difícil entender a estrutura em que tudo foi criado aqui: Crianças em busca de um mistério, uma tentativa de entender o que está acontecendo, e uma grande conspiração. 

Pennywise aparece falando a maior parte do filme, e a sua grandeza como um matador ajuda a dar medo até nos adultos. No entanto, se o personagem falasse menos, a sensação de um perigo evidente ficaria mais nítida com o decorrer da trama. O ponto negativo aqui, são as mais de 3 horas de filme que além de cansar você, certamente passará a impressão de estar assistindo uma série sobre contos de terror. Em suma, tudo aqui é muito bom: Atuação, direção, trilha sonora, fotografia, a montagem de cenas e a inovação a que o filme se propôs a fazer na época em que foi lançado. Não é uma obra intocável, mas existem poucas formas de explorar a história do palhaço parcimonioso.

Foto: Divulgação