Setembro Amarelo | Charlie não está sozinho, você também não

Maykon Oliveira
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As Vantagens de ser invisível é um filme de 2012 do diretor Stephen Chbosky que também é o autor do livro e do roteiro. Este filme, é um trabalho totalmente pessoal, e ao mesmo tempo sensível e brilhante, tratando dos principais problemas da adolescência de forma realista sem ser melodramático.

Na história, acompanhamos a vida de Charlie, um menino introvertido com poucos amigos. Seu único amigo, Mike, cometeu suicídio. O temor que ele repetisse isso fez os pais ficarem vigilantes. Além disso, Charlie é um menino que precisa guardar muitos segredos. O problema com sua tia Ellen, a morte do amigo, o namorado da irmã que a agredia e a irmã que teme uma reação violenta por parte dele. 

Após diversas crises de choro e um quase suicídio, logo chega o primeiro dia de aula. Nele, Charlie conhece duas pessoas que mudariam para sempre sua vida, Sam e Patrick. Os dois irmãos são peculiarmente populares na escola, e não necessariamente por coisas vistas como ''boas'' pela sociedade da época. Ainda assim, Charlie nunca teve um julgamento por algo que eles fizessem ou por quem eram, tudo o que ele queria era estar junto a eles. Muito tempo a frente no filme, seus caminhos se separam, mas é o bastante para Charlie começar a mudar pouco a pouco, mudanças pequenas como sorrir, conversar, se distrair e aproveitar o máximo da vida. 

Com sua psicóloga, ele finalmente consegue contar o maior de seus traumas, e assim começar o derradeiro tratamento. No fim, somos presenteados com uma cena que mostra eles um pouco mais maduros, mais felizes, e consequentemente, mais infinitos. Agora eu te pergunto, quem são os seus Sam e Patrick? Tente pensar naqueles que fariam de tudo por você e que certamente querem que você se recupere. Não é fácil tentar romper com a dor, mas você precisa minimamente sentir esse amor que eles estão dando a você.

Sozinhos não somos nada, sozinhos não conseguiremos ser felizes. Se as pessoas que você conhece não são de sua total confiança, que tal tentar se abrir com aquele colega que mesmo que você não tenha tanta intimidade assim, você imagina que ele minimamente entenderá pelo que você está passando? Não engula sua dor, coloque para fora. Tente refletir sobre suas felicidades personificadas em pessoas. Nossa vida é aqui, e agora. Não deixe uma pessoa tão maravilhosa como você ir assim, e nunca mais voltar. Fique com a gente, mas fique até o fim. Juntos, tudo passará.

Foto: Summit Entertainment


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