Crítica | Assassinato no Expresso do Oriente (2017) – Uma ópera visual somada a histórias inquietantes

Maykon Oliveira
Por
0

Um assassinato, um trem, e muitos suspeitos. A história investigativa contrastante com o deslumbre de paisagens gélidas forma um filme singular, curioso e competente. “Assassinato no Expresso do Oriente”, é uma adaptação do livro de Agatha Christie, e chega despertando sentimentos que transitam entre o medo e a aflição. 

Na trama, o que começa como um luxuoso passeio de trem pela Europa rapidamente se desdobra em um dos mistérios mais elegantes, tensos e emocionantes já contados. A história fala sobre treze estranhos presos em um trem, onde todos são suspeitos de um assassinato. Um detetive entre os passageiros, precisa tentar descobrir a verdade antes que o caos se instale por completo.

Se você não conhece esta história, certamente irá se surpreender. O longa carrega em suas veias questões filosóficas sobre a nossa sociedade e a essência do ser humano. Um teatro quase convincente que irá te deixar boquiaberto com a solução ao final. Somado a boa trilha sonora, excelentes atuações, enquadramentos inteligentes e a fuga de um clichê em potencial quando o assunto é descobrir culpados, este filme cumpre muito mais do que a simples tarefa de te mostrar o que aconteceu dentro de um trem em meio a nevasca, ele consegue impactar o espectador de diferentes formas e despertar seu senso de razão e emoção ao mais alto nível.

Uma trama que por vezes pode parecer arrastada para aqueles mais engajados ao gênero de ação, mas um prato cheio para os amantes de boas histórias, suas decorrências, e a beleza visual criada pela fotografia e os planos abertos que constroem como um todo o enredo desta narrativa. Um espetáculo para ser visto e apreciado por poucos, mas que mostra a que veio ao final.

Nota: 8
Foto: Divugalção / Reprodução / 20th Century Fox



Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)