O segundo de cinco filmes da saga Animais Fantásticos agora se passa em Paris. A trama revela mais sobre o primeiro lorde das trevas: Gellert Grindelwald, e o jovem Dumbledore, que pede para Newt Scamander embarcar em mais uma aventura perigosa.
É preciso dizer que a continuação de Animais Fantásticos e Onde Habitam é uma grande jornada, mas nem tão profunda como imaginávamos. A história não é bem desenvolvida, e o espectador é frequentemente bombardeado com cenas gratuitas que fazem conexão com a saga de Harry Potter, e outras vezes, com mistérios que não serão explicados neste filme. O resultado não poderia ser outro: tudo é muito confuso, porém bonito.
Não há como negar, o filme é um dos mais belos entre os dez filmes já lançados envolvendo o mundo bruxo. A trilha sonora consegue despertar emoções como medo, euforia e tristeza, em doses maiores do que em qualquer outro filme da saga.
O figurino, a computação gráfica, a ambientação de locais como Paris e Londres, e a atuação do elenco são os pratos cheios a serem servidos para o espectador. Se por um lado o longa peca no que estamos assistindo, ele acerta no que estamos ouvindo, apreciando e prestando a atenção, um trabalho bem feito e majestoso que realmente merece ser elogiado.
Já o destaque principal fica para a atuação de Jude Law como Dumbledore, que basicamente rouba a atenção toda para si, com seus jeitos que imitam perfeitamente o velhinho simpático e poderoso que conheceremos em um futuro não muito distante. Outro ponto a ser discutido, é a polêmica participação de Johnny Depp que impactou diretamente uma grande parte do público que não economizou críticas à autora dos livros que não voltou atrás de manter Johnny como Grindelwald, mesmo com vídeos divulgados na internet envolvendo abuso e agressão para com sua esposa.
O amargo gosto que fica ao final de toda a trama é a certeza de que estamos cientes de que o público comum não entenderá o final da história e sua revelação bombástica. E não parando por aí, os fãs também certamente estarão dividos: Afinal, podemos ou não amar este filme? O meu pensamento não mudou durante as três vezes em que assisti: É um filme incrível, polêmico, confuso, mas melhor que seu antecessor.
Nota: 4/5
Imagem: Divulgação