Vidas ao vento (2013) O último filme do diretor Hayao Miyazaki

Maykon Oliveira
Por
0

Do mesmo diretor de A Viagem de Chihiro e meu vizinho totoro, Hayao Miyazaki, vidas ao vento é o último filme do diretor no Studio Ghibli, o que faz este trazer todo o peso de suas conquistas como diretor em seu ponto mais alto. O patamar que Vidas ao vento se eleva é estrondoso, a fotografia é impecável, a trilha sonora é calma, inquieta, curiosa, leve, harmoniosa e conduz muito bem a narrativa. A exposição da essência da vida com a filosofia do que se quer ser quando crescer, é fantasticamente explorada. O filme conduz o espectador a refletir sobre a infância, os sonhos, os amores, os desejos e o despertar de um senso crítico.

A animação é fantástica, personagens bem desenhados, cenários abertos e puramente saudosista em todos os aspectos: carros, casas, trajes, comportamento, mudança com a tecnologia e o estudo de outras nações, sempre elevando cada personagem. O arco do personagem principal, se resume em sua carreira, e a doença de sua esposa, seguindo a linha de esperança, coragem e fragilidade, retratando uma verdadeira lição de como é ser humano. A filosofia fica evidente em todos os aviões que chegam ao céu e podem de uma hora para a outra se despedaçar. Diversas metáforas estão inseridas para simbolizar os sonhos e as vontades mundanas.

A fragilidade do enredo final tenta mostrar que nada será imortal, nem os sonhos, nem o amor, nem mesmo a sua vontade de ser feliz e sim, a esperança de se erguer cada vez que cair. Em suma, a obra fecha com chave de ouro a carreira de Hayao Miyazaki, e desbanca grande maioria dos filmes com selo Disney e Pixar, um excelente vislumbre da vida em forma de animação, incrível e filosófico.

Nota: 5/5

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)