Crítica | A Senhora da Van (2015) Feito para emocionar

Maykon Oliveira
Por
0

O filme retrata a vida de uma senhora sem teto que vaga pelas ruas de Londres com sua Van. Ao incomodar os vizinhos com seu vagueio diário, ela é proibida de estacionar nas ruas próximas e acaba sendo ''Acolhida'' por um morador que acaba de se mudar para o bairro. O enredo expõe como é a vida de um morador de rua, e as dificuldades de sobreviver em uma sociedade fria e ao mesmo tempo falsa moralista.

A atuação de Maggie Smith é o destaque do longa. Sua transição entre cenas de comédia e drama é fantástica e consegue dar peso e ao mesmo tempo leveza para a história, transmitindo calma, fraqueza e saudosismo ao espectador.  Ela certamente merece ganhar um Oscar de melhor atriz por esse filme, além de ser emocionante, é quase doloroso assistir os momentos mais tristes da personagem. 



O roteiro é bem adaptado do livro de mesmo nome, sendo praticamente um ''Remake'', isso se levarmos em conta que essa história já foi contada em diversas plataformas. A fotografia é cinzenta a maior parte do tempo, e contrasta com roupas e quadros amarelos que fazem alguns momentos serem inesquecíveis e belos ao olhar do público. A narração também se destaca, pois, além de dar detalhes mais precisos para a história, consegue enfatizar características de certos personagens, por exemplo, a vida do povo que mora no bairro.


O ponto alto da obra é o mistério que a tal ''Senhora da Van'' carrega. As personagens estão o tempo tentando descobrir pequenas pistas sobre seu passado antes de acabar morando na rua, e tentando influencia-la a falar mais a respeito disso. O destino que ela carrega afirma em patamares concretos que a vida é muito mais do que apenas uma grande tragédia ou comédia, é também um eterno desafio por reconhecimento, apego, família e amizade.

Quem não gosta do gênero dramático e mais teatral pode estranhar este filme, e acabar por não gostar de assisti-lo. No entanto, o público mais sensível e mais compreensível com o tema vai adorar descobrir os pequenos prazeres e observar como é sociedade em que vivemos quando se trata de minorias.



Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)