Crítica | Guardiões da Galáxia Vol. 2: Quando o exagero pode atrapalhar

Maykon Oliveira
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A continuação mais aguardada do universo cinematográfico da Marvel, finalmente chegou. Em Guardiões da galáxia Vol. 2, somos apresentados a novos personagens e conhecemos a origem de Peter Quill ou como ele prefere ser chamado: Senhor das estrelas. Uma sequência já era esperada uma vez que em 2014, o antecessor de Vol. 2, foi um dos filmes de super-heróis mais elogiados da última década. 

É impossível negar que o visual de Guardiões é impecável e majestoso. No entanto, algumas mudanças de ritmo e a constante variação de tom afeta este novo longa. A essência que era vista no primeiro filme em que é mostrado toda a relação dos heróis quase não existe aqui. Uma enorme parcela do tempo da trama é gasta apenas para estabelecer lugares e cenários em que as batalhas serão travadas. A exploração dos sentimentos dos personagens e como isso se desenrola é bastante raso e leviano.

Fato é: Guardiões da Galáxia Vol. 2, é o filme mais dramático da Marvel, não apenas por mostrar mortes e diálogos profundos sobre a tristeza e a solidão, mas também por realmente agregar algo a mais ao fim de sua exibição. Ser dramático não é algo ruim, está muito longe de ser, mas é inegável que algumas coisas não se encaixam aqui. Constantemente é possível notar que a trama oscila muito no tom de humor, e alguns personagens derrapam entre interpretações exageradamente irritantes e em outros momentos, uma calmaria por completo. 

Um exemplo claro de oscilação acontece em uma cena que necessita que o público sinta empatia por Peter e seu pai, mas logo o clima paterno é quebrado por uma piada escandalosa sobre a genitália masculina. Sim, é isso mesmo, piadas com teor exageradamente sexual é um prato cheio aqui. Não que isto não estivesse presente na primeira história dos heróis espaciais, mas a sua nova aventura está carregada demais com piadinhas que vão fazer o público adulto gargalhar e as crianças não entender o porquê. 

O roteiro é muito simples em comparação com o primeiro longa. As situações funcionam de modo a mostrar algo do ponto A até o ponto B, levando finalmente ao ponto C. Não é fácil ser surpreendido e a maioria das situações são reveladas de maneira rápida e sem o devido peso. Ao fim, Guardiões da Galáxia Vol. 2, é um tapete para as próximas sequências que a Marvel planeja lançar até finalmente chegarmos ao arco de Thanos. Felizmente, o terceiro ato consegue melhorar seus pontos negativos iniciais e nos revela uma história íntima, dramática e reflexiva. 

Foto: Marvel Studios / Divulgação

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