Crítica | O Caseiro (2016) Um filme nacional de terror que tem muito a dizer

Maykon Oliveira
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O Caseiro, é um filme nacional que chega para agregar valor ao nosso cinema e também para mostrar que é possível contar uma boa história recheada de reviravoltas e mistérios com dedicação e esforço. O longa é dirigido por Julio Santi e conta a história de um suposto fantasma de um caseiro que está machucando os residentes de um sítio. Em uma tentativa de esclarecer o caso, uma estudante pede ajuda a um professor de psicologia na tentativa de entender o que acontece em sua casa. O professor aceita, mas somente porquê tem a esperança de reforçar sua teoria de que tudo pode ser explicado pela lógica, e não por crenças populares.

A fotografia do filme é pálida, nebulosa e contrasta muito com o tom azul escuro e o preto. No entanto, após o segundo ato do filme, praticamente todas as cenas em que se passam no ambiente noturno são exageradamente escuras. Este artifício é usado para passar medo e agregar ainda mais mistério para a trama, mas na prática, acaba sendo um recurso preguiçoso e certamente vai irritar os menos impacientes, afinal, passar minutos em plena escuridão sem dar um mínimo de foco para o rosto de um personagem é algo extremamente amador e arriscado, cooperando para a maior parte negativa sobre o filme.

O fato mais curioso está justamente na premissa: Um filme de terror brasileiro. Pode parecer estranho de início, mas o longa tem potencial para ser uma referência aos próximos filmes do gênero que forem feitos aqui. É óbvio que este não é um trabalho impecável e claramente tem suas falhas, mas são poucas. Por mais que alguns clichês estejam presentes na trama, ainda assim, é um ótimo filme. Uma história curiosa, um elenco competente, uma trilha sonora interessante e uma virada de roteiro que vai fazer você se surpreender. No fim, O Caseiro é bom, diverte, agrada e agrega. 

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