Castlevania da Netflix é o anime que você precisa assistir ainda hoje

Maykon Oliveira
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Apenas 4 episódios lançados, mas suficientes para conquistar de vez o espectador. Castlevania, sucesso nos games nos anos 90, chega como uma produção original Netflix, e diferente de animes como Os Sete Pecados Capitais, este realmente trata-se de um projeto criado do zero pela gigante de streaming, e não apenas distribuído por ela.

Muito se discute se ele é realmente um anime ou não. Toda sua produção é americana, mas no site da própria Netflix ele aparece listado como uma das famosas séries japonesas. Fato é: o traço semelhante a uma produção que partiu de um mangá, acaba realmente despertando a curiosidade sobre essa pergunta. 

O que realmente prende quem o assiste, é a sua história já conhecida sobre bruxas queimadas, a igreja ditando regras e a massa alienada na época que acreditava em mitos e lendas urbanas. O maior destaque neste anime é justamente toda a sanguinolência que acaba indo parar na tela. Cabeças voando, bebês mortos, pessoas em estacas e coisas mais macabras ainda rondam esta história dando um peso único e diferente que realmente não víamos há muito tempo.

A fotografia quente, vermelha e pesada consegue despertar todo o ódio que Drácula sente pelos seres humanos após descobrir que sua esposa foi morta pela igreja que a acusou de ser uma bruxa.

É a partir daqui que a história começa de verdade. Seguiremos o último membro do clã Belmont, enquanto ele tenta salvar a Europa Oriental da extinção na mão do próprio Vlad Dracula Tepe. A sua jornada do heroi é o único fragmento que deixa a desejar. Os dois episódios que o seguem Trevor tornam tudo arrastado, mas é compreensível para a narrativa. 

Ainda assim, não sei dizer se uma pessoa menos interessada nesta história dos games realmente teria vontade para continuar assistindo. Claro que, as lutas conseguem trazer de volta o ritmo acelerado e o sentimento de perigo do episódio 1. Mas é quase um desafio esperar isto ir melhorando, uma vez que a própria história se preocupa demais com detalhes bobos e a visão de um protagonista nem tão interessante assim (ele não é o protagonista de verdade, assista ou jogue os games e você descobrirá porquê digo isto.)

É nítido que o começo do anime é perfeito. A narração de Drácula, os ângulos que mostram as mortes e a computação gráfica para recriar cenários e esqueletos pendurados são um show a parte que acabam, infelizmente, deixando as expectativas altas para no fim do último episódio te deixar com um sentimento mediano sobre a série. Ao fim, vale o esforço não apenas por ser uma iniciativa excelente da Netflix, mas também porquê comparado a algumas coisas que ela lançou em 2017, esta certamente é uma das melhores e mais perfeitas já criadas. 

Foto: Netflix / Divulgação.



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