LISTA | 5 filmes de Fantasia que na verdade são Dramas

Maykon Oliveira
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Já se tornou comum envolver em um filme de fantasia elementos que contenham dramas, medos e também histórias mais complexas de personagens que geralmente são fãs de histórias de fantasias ou elementos sobrenaturais. 

A infância é sempre o foco para estudos a respeito de mundos imaginários, cenários que não existem, e personagens extravagantes que chamem a atenção por sua aparência colorida, grande ou até mesmo assustadora. Na lista a seguir, descubra ou relembre 5 filmes com a temática de fantasia, mas que na verdade são dramas.



Eu mato gigantes (2018)


O filme retrata a vida de Bárbara, uma garota ainda no ensino fundamental que diz ser uma caçadora de gigantes. O visual estranho da menina e o seu modo de falar, combinam com toda a atmosfera sombria da cidade em que supostamente esses gigantes aparecem, resultando em uma história que transita entre a fantasia, o terror e o drama.

O longa é um dos mais promissores já feitos para retratar traumas na infância. Os medos vividos nessa fase da vida, sejam por mortes na família, brigas, doenças ou a solidão, são clichês já conhecidos por serem abordados no cinema, mas que ainda assim, conseguem ter relevância através do modo como são abordados.



Onde vivem os Monstros (2009)


Um pequeno garoto em uma noite de discussões entre seus pais, acaba fugindo de casa para uma ilha em que acredita ser um local seguro para que possa se refugiar de todos os gritos e os seus traumas. Na ilha, criaturas gigantes habitam o local e o elegem como seu rei. Logo, não demora para que o menino comece a perceber que suas regras não são suficientes para proteger o grupo do frio, da fome, e dos perigos que o mundo oferece.


O longa embarca em uma aventura totalmente fantasiosa para expor de vez que o nosso protagonista tem medos causados pelos próprios monstros que ele mesmo decidiu tentar ajudar. A personalidade de cada monstro revela que essas criaturas grandes e peludas são personificações dos adultos que o rodeiam e fazem parte de seu cotidiano, como seus pais, e demais parentes. O filme ganhou notoriedade ao ser reprisado excessivamente na Tv aberta, o que o torna o mais famoso presente nessa lista, mas não necessariamente o melhor dos cinco.


Ponte para Terabítia (2007)

 


Um clássico que certamente fez muita gente chorar lá em meados de 2007. Ponte para Terabítia narra a história de um garoto solitário, durão e revoltado com a realidade em que vive. A escola é terrível, ele não possui amigos, e sua irmã mais nova tenta a todo custo construir uma amizade com ele.


A vida do adolescente muda quando Leslie, uma colega de classe transferida chega em sua escola e coincidentemente é a sua nova vizinha. Com o tempo, os dois passam a andar juntos e se tornam melhores amigos que desbravam o mundo, e até criam um reino imaginário ao atravessarem um rio que dá acesso a uma floresta atrás do quintal de suas casas. Tudo é muito bonito, mas fica claro que o modo como criam seu reino imaginário é apenas porque os dois se sentem deslocados, mas uma vez juntos, passam a ser ''os donos'' de seus próprios destinos.


Sete minutos depois da meia-noite (2016)


Um garotinho chamado Conor tem muitos problemas na vida. Seu pai é muito ausente, a mãe sofre um um câncer em fase terminal, a avó é uma megera, e ele é maltratado na escola pelos colegas. No entanto, todas as noites Conor tem o mesmo sonho, com uma gigantesca árvore que decide contar histórias para ele, em troca de escutar as histórias do garoto. Embora as conversas com a árvore tenham consequências negativas na vida real, elas ajudam Conor a escapar das dificuldades por meio do mundo da fantasia.

Aqui a própria sinopse já deixa claro que tudo não passa de um delírio constante na mente do nosso protagonista. Exatamente igual a todos nessa lista, o filme não escapa de abordar com todas as forças uma história envolvida através da fantasia, mas que na realidade, está tentando passar uma reflexão sobre a realidade dura e triste do garoto.  

O labirinto do Fáuno (2006)


Em 1944, na Espanha, a jovem Ofélia e sua mãe doente chegam ao posto do novo marido de sua mãe, um sádico oficial do exército que está tentando reprimir uma guerrilheira. Enquanto explorava um labirinto antigo, Ofélia encontra um fauno, que diz que a menina é uma lendária princesa perdida e que ela precisa completar três tarefas perigosas a fim de se tornar imortal.

O queridinho do público, e a obra mais conhecida do diretor Guillermo del Toro, é uma fantasia sem fim: monstros, labirintos e fadas, elementos essenciais parar criar histórias que ajudem a manter o espectador sempre atento a novidades durante o decorrer de uma narrativa. Porém, O Labirinto do Fauno também é sobre os traumas causados por mortes em guerras, a solidão de perder os pais, e o desejo de encontrar um local a que possamos chamar de paraíso. Se sobrar alguma dúvida do quanto essa história pode ser dramática, preste bem a atenção na cena final.

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