Crítica | The Ancient Magus Bride | Quando ‘A Bela e a Fera’ mergulha de vez na fantasia

Maykon Oliveira
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Mahoutsukai No Yome, ou The Ancient Magus Bride, é um anime com um total de 26 episódios que ganhou força no Brasil após chegar ao catálogo do serviço de Streaming Crunchyroll em 2018 com dublagem em português.

A obra acompanha a vida de Chise Hatori, uma jovem de 16 anos que é vendida como escrava para um mago, que parece mais com um demônio do que um humano. Depois de comprada em leilão, o misterioso homem lhe diz que daquele dia em diante, Chise será sua ‘aprendiz’ e futuramente sua noiva. A história, então, passa a acompanhar esse casal improvável e incomum em um mundo recheado de magia, criaturas sobrenaturais e histórias que farão o espectador torcer a cada minuto para que tudo volte a ficar bem. 




O casal desta história: Chise e Elias.

A riqueza desse mundo


A qualidade do anime é incrível. A animação, assim como a trilha sonora, flui em harmonia para compor uma atmosfera mágica que desperta um forte sentimento de nostalgia em relação às histórias de romances e magias. De imediato, é fácil lembrar-se de algumas animações queridinhas pelo público cinéfilo como: “O Castelo Animado” e “A Bela e a Fera”, além de animes como: “XXX Holic”, “Natsume Yuujinchou” e “Fullmetal Alchemist”.

A conexão com narrativas desse tipo é algo comum, mas ao mesmo tempo, uma aposta certeira. O anime começa com episódios cotidianos e pequenas histórias para ambientar o espectador nesse mundo sobrenatural e ao mesmo tempo dramático e reflexivo.

Na medida em que você vai embarcando em toda a maluquice que é uma jovem garota aprendendo magia com um horripilante mago, você acaba se sentindo amigo desses dois personagens que de tão cativantes, você já começa a se apegar. Elias, o mago dito como um monstro impiedoso; se mostra um verdadeiro cavalheiro vindo diretamente do século 19, além de ser um excelente sensei experiente em magia.

A aprendiz, Chise, também possui segredos sobre o seu passado e com o decorrer dos episódios, é possível entender as motivações da personagem e o modo como ela se comporta nesse universo sobrenatural. A garota tímida e receosa vai aos poucos mudando para se tornar uma poderosa maga que controla bem a magia.

Já a trilha sonora do anime é composta por temas empolgantes que evocam eras místicas, e também românticas. Há inclusive uma música em especial carregada de reflexão e calmaria no episódio três, em que conhecemos o país dos dragões. É quase impossível não se sentir bem escutando esses temas líricos, quase divinos, que expressam sentimentos de apego e gentileza.

Estranhezas na medida do possível

O relacionamento com o Mago Elias trás a Chise um sentimento inicial de desconfiança que pouco a pouco começa a diminuir, mas que nunca vai embora de verdade. 


O anime explora cenas românticas que causam certa estranheza, afinal, olhar um homem com rosto de caveira e uma jovem flertando, mesmo que inconscientemente, é algo muito esquisito de se assistir, mas felizmente, pouco a pouco isso passa a sumir.

Porém, vale lembrar que Chise não cai de amores por Elias de imediato, e as situações que envolvem esse amor é algo muito sutil diante de tantas situações perigosas e – vale dizer, macabras – que os dois passam a presenciar diariamente. 


Ainda assim, não é nada que possa atrapalhar a magia e a riqueza presente nessa obra que conquistou vários fãs ao redor do mundo. Uma verdadeira obra prima, que passou a ser uma das minhas favoritas em muito tempo.


Nota: 4,5 /5

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