Crítica | Kimi no Suizou wo Tabetai (2018) – Uma animação trágica feita para emocionar

Maykon Oliveira
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Desde 2017, com o lançamento de "Your Name" ou "Kimi No Na Wa", os fãs de filmes de animes estavam viúvos de uma animação que fosse dramática, reflexiva, interessante, e que retratasse o amor na adolescência em um show de efeitos visuais com uma história cativante. O longa de 2017 chegou à níveis incríveis de bilheteria no Japão, e logo depois se tornou febre no mundo todo.

Ao que parece, o sucesso de "Your Name" inspirou outras produções que fossem igualmentes dramáticas, mas que apostassem em personagens mais simples, mais exagerados, e também, mais cativantes, como iremos ver a seguir em "Kimi no Suizou wo Tabetai" ou em uma tradução livre "Eu quero comer seu pâncreas".



Sakura Yamauchi, a protagonista da história.

A história nos conta sobre a vida de uma jovem colegial aos seus 17 anos que está escrevendo em segredo um livro diário chamado “Vivendo com a Morte”. Sakura, foi diagnosticada com uma doença no pâncreas e convive diariamente com a certeza de que irá morrer em breve. Para superar seus dias difíceis, ela se torna amiga de um colega de classe recluso e antissocial, mas que ainda assim, é interessado em seu segredo e passa a viver grandes aventuras com Sakura. 

O filme carrega mensagens de puro otimismo, mesmo em meio ao caos da premissa de que a protagonista carismática irá morrer em algum momento da história devido a sua doença. O simbolismo por trás do título “Eu Quero comer o seu pâncreas”, e a discussão levantada a respeito de estarmos ou não vivendo intensamente, é o plano de fundo dessa trama melancólica e ao mesmo tempo reflexiva. 

Contando com gráficos impecáveis que fazem contrastes belos entre fogos de artifício e o cair da noite, o filme se mostra disposto a lhe contar uma história madura o suficiente para despertar o seu sentido de temor a vida, mas ao mesmo tempo, o desejo de se apegar a ela. 

Afinal, o que você faria se descobrisse que tem pouco tempo para viver ou pouco tempo para se apaixonar? Esse é o foco dessa história que honestamente – e apenas a meu ver – vem para ser o sucessor de Your Name em sentidos visuais, reflexivos e tocantes. 

Antes de você embarcar nessa viagem na vida de Sakura e suas aventuras, vale ressaltar que a temática do filme é dramática e conta com um forte apelo para te fazer chorar. Feliz ou não, esteja pronto para descobrir o tipo de amor que existe entre estar à beira da morte, e ao mesmo tempo, no auge da vida.

Nota:
4,5 / 5 
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