Nessa
história, a boneca Megan (Amie Donald na interpretação, Jenna Davis na voz) é
uma maravilha da inteligência artificial, um brinquedo realista programado para
ser a melhor amiga de Cady (Violet McGraw), uma criança que acaba de perder os
pais e é obrigada a ir morar com sua tia Gemma (Allison Williams) que trabalha
justamente em uma empresa de produtos infantis.
A diversão
aqui começa quando Megan decide aos poucos o que é preciso fazer para tornar
sua usuária feliz, desde ameaçar machucar alguém apenas com a expressão de seu
olhar ou de fato quebrar braços, pernas, e o que mais for possível para
executar sua tarefa de boa amiga. Quando ela percebe o que é matar e o que é a
morte para os seres vivos, sua caçada – por vezes cômica devido às dancinhas e
as músicas que canta – se torna insana e totalmente violenta.
Obviamente
o filme sabe que toda essa trama pode parecer estranha e causar certa descrença
do público que está assistindo. Para resolver essa situação, a direção aposta
em cenas engraças de danças ou cantos, mostrando que a boneca, apesar de
ameaçadora, ainda é um brinquedo e nada mais além disso.
Dessa
forma, o longa pode decepcionar quem espera por atividades paranormais ou
sequências fortes de execuções e decepamentos, mas é honesto em cravar que seu
gênero correto é o “terrir” (uma modalidade de filmes de terror cujo absurdo e
exagero nas cenas são marcas registradas propositalmente para causar o riso).
Ao final da experiência, Megan é criativo, divertido e entretém de forma
brilhante e sem saturar, sendo um marco para os filmes do mesmo tipo e trazendo
um frescor que há tempos era necessário até mesmo para os fãs de terror com
brinquedos.