Crítica | A jornada épica de Através do Aranhaverso

Maykon Oliveira
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Chegamos na continuação de um dos maiores filmes de animação dos últimos tempos. Em Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, teremos o tão esperado universo de heróis aranhas em um único lugar e interagindo entre si. Depois de se reunir novamente com Gwen, Miles acaba indo parar no multiverso, onde ele encontra verdades e desafios que irão impactar diretamente na sua vida e no seu modo de ser o Homem-Aranha.


Nesta altura do campeonato não é difícil imaginar que temos uma animação que se destaca não apenas por sua abordagem única do universo vasta e colorido de versões do Homem-Aranha, mas também pela ousadia e criatividade de sua narrativa e estilo visual. Dirigido por Joaquim Dos Santos, Justin K. Thompson, Kemp Powers, o filme mergulha os espectadores em uma aventura alucinante que explora as múltiplas dimensões do herói aracnídeo.


Uma obra-prima? Certamente! Através do Aranhaverso desafia as convenções tradicionais dos filmes de super-heróis de diferentes maneiras a cada segundo em tela. Ao incorporar elementos de diferentes estilos artísticos, como animação em quadrinhos, pontilhismo e arte de rua, o filme cria uma experiência visualmente impressionante que se assemelha a uma verdadeira história em quadrinhos ganhando vida. Cada cena é um caleidoscópio de cores e formas, mergulhando os espectadores em um mundo que é ao mesmo tempo familiar e completamente novo.


Além do estilo visual inovador, ele também acerta em cheio ao abordar a diversidade desse personagem tão querido da Marvel. Ao introduzir diferentes versões do herói de universos alternativos temos uma celebração a rica história do personagem, além de destacar a ideia de que qualquer pessoa pode ser o Homem-Aranha, independentemente de sua origem ou aparência. Essa mensagem inclusiva é uma das maiores forças do filme, mostrando como a identidade do cabeça de teia pode transcender fronteiras e inspirar pessoas de todas as idades.


O roteiro é habilmente construído, equilibrando momentos de ação emocionante com cenas mais introspectivas que exploram as motivações e os conflitos internos dos personagens. Neste segundo longa, a trama fica ainda mais pesada e dramática em relação aos problemas pessoais de cada personagem e o que o destino guarda para cada um que decide trilhar esse caminho e viver seu próprio “evento canônico”. A jornada do protagonista, Miles Morales, é especialmente tocante, pois ele luta para encontrar seu lugar no meio de tentas variantes enquanto lida com os perigos e os inimigos que tentam acabar com o seu universo.


Quando comparamos esta parte dois com o seu antecessor, temos o conserto de algumas falhas como a trama confusa para aqueles que não estão familiarizados com o vasto multiverso do Homem-Aranha ou a falta de desenvolvimento de personagens secundários. Neste o ponto o foco fica entre Miles, Gwen e Miguel O'Hara, o Homem-Aranha 2099, líder dos aranhas e praticamente todo o catalizador dessa nova trama.


Em resumo, Através do Aranhaverso é uma conquista cinematográfica notável que redefine as possibilidades do gênero de filmes de super-heróis. Sua abordagem visualmente deslumbrante, juntamente com sua mensagem de inclusão e diversidade, o coloca entre os melhores filmes do Homem-Aranha já feitos. É uma experiência cinematográfica que certamente deixará uma marca duradoura na memória dos espectadores mais uma vez.



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