Crítica | American Horror Story Asylum (2012)

Maykon Oliveira
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A segunda temporada de American Horror Story, retrata o Manicômio, um lugar em que levam pessoas consideradas loucas para ficarem trancadas e serem submetidas à testes médicos e até psiquiátricos. Os pacientes geralmente têm um histórico que pode variar desde agressão, até assassinato em massa. O foco da narrativa é explorar como é o trauma que as pessoas vivenciaram nestes lugares e como uma alma pode se tornar perdida em meio à religião e o medo brutal.



Em comparação com a Primeira temporada, o enredo aqui parece mesclar sensações de aflição, até dramas pessoais. O lado psicológico das personagens é muito melhor explorado, isto acontece porque os pacientes precisam de alguma forma contar sua própria história e deixar o espectador julga-lo inocente ou culpado. A trama também investe no poder político que a religião tem, e isto vai de freiras que almejam sempre maior poder, até outros envolvidos com a igreja sempre influenciando na administração do Manicômio.



O destaque fica para a agressão física e a destruição corporal em decorrência à trama. As cenas que mostram pessoas sendo mortas brutalmente pode chocar de início, mas logo depois torna-se rotineira e perde um pouco de seu peso. De fato, o objetivo não é somente mostrar que as pessoas têm medo nestes lugares, e sim, como é a rotina de ser chamado de louco e conviver com a culpa de ter matado alguém.

No meio da temporada, novamente o roteiro decide adicionar questões de reflexão sobre vida e morte. Uma das personagens é justamente ela: A Morte. Por sua vez, é uma senhora vestida de preto que possui assas negras enormes e que sempre é agradável e gentil com aqueles que à chamam. Nas cenas que investem nestes atos quase poéticos, você sente empatia pelo personagem, e se sente confortável com a situação.

A ambientação do Manicômio é outro destaque extremamente positivo, visto que tudo é construído para dar o devido peso de um lugar que mistura loucura, e sanidade andando lado a lado, ele merece ser elogiado juntamente com a trilha sonora usada para apresenta-lo. Tons que variam de violinos tocando freneticamente, até pianos que passam a sensação de calmaria constroem o universo que se passa a temporada de Asylum. A história é promissora, possui peso emocional, e faz novamente um bom trabalho.




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