O HEROI QUE VIROU VILÃO | Tendência em alta ou futuro predestinado?

Maykon Oliveira
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O protagonista se transforma em vilão e todos se unem para matá-lo antes que ele se torne uma ameaça maior. Seria este o fim adequado para uma grande obra?

O fim do mangá de Attack on Titan carrega uma dura verdade: o protagonista precisa morrer. A polêmica decisão faz com que todos que acompanharam a sua jornada se sintam traídos pelo próprio autor da obra e criem diversas teorias sobre como isso não foi mostrado ao longo da série ou que é “incoerente” chamá-lo de assassino.

Esta síndrome de “meu protagonista é um heroi até o fim”, afeta outras obras como Death Note, Breaking Bad e até mesmo Game of Thrones.

Kira, do anime Death Note, que acabou se tornando o vilão de sua própria história.

O público não está acostumado a acompanhar longas jornadas que são finalizadas com a morte do personagem principal, ainda mais quando sua reputação é brutalmente atacada quando analisamos seu psicológico abalado e categorizamos cada ação cometida como algo cruel e sanguinária. Afinal, Kira parou de ser certo até que ponto em sua história? Walter White tinha passe-livre para se tornar cruel apenas por estar em estado terminal? Daenerys apenas revidou todos os ataques que sofreu? E Eren, o menino que “salvou” o mundo apenas o sacrificando, é de fato um heroi?

Essas perguntas não têm respostas certas e definitivas. A bússola moral não é tão simples de ser compreendida, muito menos a verdade existe para ser absoluta. Tudo é questão do seu ponto de vista, sua criação e o seu apego a história e ao personagem.

Para muitos, o final de Attack on Titan é horrível justamente por mostrar que seu principal personagem é, na verdade, e sempre foi, uma pessoa terrível que sempre deu indícios de que usaria seu poder de forma impiedosa. E para outros, uma justa punição para mostrar ao mundo que mesmo nas histórias fictícias o bem precisa vencer, mesmo que para isso seja preciso destruir aqueles que foram bons um dia.


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