Crítica | Cinquenta Tons Mais Escuros (2017) Uma explosão de sentimentos

Maykon Oliveira
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É difícil dizer algo relativamente simples e direto sobre a franquia Cinquenta Tons. O segundo filme chega com ares mais sérios e diversificados que prometem entregar uma narrativa mais dramática e sensual em relação ao seu antecessor. O escapismo escolhido para dar vida à esta história e não deixar o clichê bobo e desapontador se estabelecer é a trilha sonora composta por grandes artistas da música pop atual; mas a pergunta que não quer calar é: O filme é realmente uma imensa porcaria ou isto é exagero do público mais conservador?

Para alguém que não gosta de sexo explícito e uma relação por vezes abusiva retratada nas telonas, a franquia realmente não irá servir. No entanto, para os curiosos e até mesmo ''secretos'' fãs deste tipo de gênero, é algo que pode vir a ser interessante e agradável. O fato é que definitivamente, ele tem público certo e direcionado. Não irá adiantar se entregar a esta história apenas por emoção, é necessário também um apelo e um bom desenvolvimento do romance peculiar do casal para as coisas começarem a tomar rumo.

Em meio à uma bela trilha sonora, bons enquadramentos e atuações medianas, o tranco do filme chega, e consegue empurrar a narrativa. No entanto, os diálogos permanecem sendo o maior ponto negativo, não apenas por serem brega tanto para o público adolescente, quanto para o público mais adulto, mas também por não levar situações a sério como deveria.

Existem fragmentos de drama ao decorrer da história. Ele, é o núcleo que consegue transmitir mistério e criar um possível ''Futuro'' para as próximas sequências. Mas fica o questionamento: Será que os fãs querem realmente um drama neste tipo de filme? O tabu do sexo é toda a sustentação da série, sem isto, é só mais uma história clichê sem mais a acrescentar. Mas verdades precisam ser ditas: O filme agrada. Se não pelas suas cenas mais quentes, mas também pelo envolvimento dos personagens (fisicamente, é claro) que mesmo por muitas vezes rasos, ainda assim, conseguem despertar algum tipo de emoção em quem assiste.

Cinquenta tons não é uma obra prima do cinema, e as diversas reclamações sobre o seu roteiro chulo são válidas, como em qualquer filme. Porém, descartar a boa trilha sonora, e ignorar que existe um mercado especial para este tipo de público tentando barrar uma tendência que pode vir a dar vida a outros filmes deste segmento, é puro egoísmo e preconceito barato. Relevando algumas situações forçadas, e apreciando a criatividade que foi desenvolvida esta história, cinquenta tons mais escuros não é tão ruim assim.  

Avaliação: Regular/Bom

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