Artigo | Ela (2013) — As inúmeras formas de amar

Maykon Oliveira
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Em Los Angeles, o escritor solitário Theodore desenvolve uma relação de amor especial com o novo sistema operacional do seu computador. Surpreendentemente, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa, uma entidade intuitiva e sensível, chamada Samantha. Abaixo, iremos conferir em 4 tópicos como o final de "Ela" pode ser extremamente reflexivo e inteligente no que tange o aspecto de amar e ser amado.

1. Existem muitas formas de amar
Apaixonar-se por um computador é estranho, não? É justamente o que acontece a Theodore. No mundo em que vivemos, buscamos cada vez mais novas formas e jeitos de amar uma pessoa, e até mesmo, coisas que não são materiais, mas que de alguma forma, despertam sentimentos em nós. Amando Samantha, apenas uma voz dentro de um computador, Theodore se sente bobo e envergonhado, mas aquela voz lhe tráz uma paz que já fazia tempo que não sentia. 

2. No fim, tudo acaba
Um namoro é a preparação para o próximo passo que é ainda mais sério: Casamento. Na história de "Ela", nosso protagonista não sabe lidar com o fim da sua relação, o que é triste, mas serve para mostrar como podemos nos adaptar, dia após dia, deste terrível trauma emocional causado pela ruptura de nossas relações amorosas. 

3. O julgamento alheio não lhe diz respeito
Theodore, é obrigado a ouvir que está ficando louco, e que de certa forma um relacionamento "de verdade" é o mais adequado a sua vida naquele momento. No entanto, seu amor pelo sistema operacional passa a ser como uma relação de dependência, não importa o lugar em que ele esteja, seu desejo é que Samantha esteja lá com ele. Namorar algo que não é concreto de fato é bizarro, mas os nossos namoros virtuais no mundo digital também são tão estranhos quanto a relação que ele insiste em manter, e ainda assim, não percebemos esta crítica que o filme nos faz.

4. Mesmo que o tempo passe, tenha forças para tentar de novo
Após uma dura separação, depressivo e cabisbaixo, Theodore ainda não consegue tocar sua vida. Ele hesita em assinar os papéis do divórcio e não consegue ter um encontro comum com sua ex esposa. Ao final do filme, quando sua relação com Samatha chega ao fim, o nosso protagonista finalmente consegue sorrir, mesmo diante daquele final, e sua história fica em aberto justamente para nos mostrar que infinitos métodos de continuar a história podem surgir com o tempo, tudo é imprevisível. 

Foto: Divulgação.

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