500 dias com ela, é um filme de comédia bem aceito pela crítica e pelo público em geral. Sua história acompanha o romance e o gradual fim do casal protagonista, expondo fragilidade e desapego à uma relação que mudará para sempre a vida de Tom Hansen. Em seu final controverso, o nosso protagonista, e até então, nosso amigo ''íntimo'' acaba por se fragilizar quando escuta Summer dizer que a relação dos dois nunca a deu ''certeza'' para nada. Abaixo, você confere como é possível encontrar 3 valiosas lições em 500 dias com ela.
1. Amar e ser amado
Tom não admite dizer que é solitário, triste e vazio. Sua vida pacata e por vez medíocre se torna única no momento em que conhece Summer. A mulher de olhos claros e sorriso largo mostra para Tom como viver a vida sem preocupações sobre a opinião dos outros e como isto pode ser benéfico. No entanto, após meses juntos, o casal já não consegue ter uma relação tão boa quanto no início, e por fim, tudo acaba.
2. O orgulho para superar a dor
Em um reencontro com Summer, Tom se vê apaixonado e enlouquecido pela ideia de que irá ter uma noite perfeita e agradável. Neste momento, o espectador é introduzido ao corte da cena em que mostra como seria a Expectativa x Realidade. Na cena, a letra da canção de Regina Spektor denuncia bem o tipo de pessoa que o Tom é. ''Eu não preciso ser salvo, eu sou o Heroi desta história''; num contexto completamente livre para interpretações, é possível dizer o quanto ele é orgulhoso e não consegue expor o que sente (na maior parte do filme ele passa aproveitando o tempo que tem com ela, mas não tenta conquista-la descobrindo quem ela é de verdade), de modo a nunca conseguir ter forças para conquistar o amor da sua vida, no caso, Summer.
3. Metáforas e o subconsciente
A pessoa que Summer é representa a avassaladora diferença entre os aventureiros, e os calmos e sistemáticos. A passagem de Summer (Verão em inglês) desperta o amor em Tom e quando ela vai embora, o deixa apenas triste e se sentindo só. Essa representação através de metáforas envolvendo estações do ano, é uma solução criativa e poética para contar bem o que é esta história. Justamente por serem tão diferentes, podemos dizer que Tom é o ''Outono'', e seus métodos de reflexão e de agir são completamente diferentes de Summer (Verão). Não se sabe ao certo até que ponto esse tipo de pensamento pode contar o que foi este tempo em que eles estiveram juntos, mas é curioso pensar que este recurso pode sim explicar uma situação por vezes complexa de modo fácil e poético.
Foto: Divulgação / Reprodução / Fox Searchlight Pictures.
