Mushi-shi é capaz de transmitir ao espectador toda a glória e a satisfação de estar vivo, um verdadeiro triunfo à vida. A celebração ao modo de como as pessoas resolvem seus problemas mais difíceis é admirável. Os diálogos são construídos para alavancar a trama cooperando para quem está assistindo entrar na pele das personagens tornando a empatia mais forte e crível. Longos planos que mostram o pôr do sol são expostos e abertos dando a sensação de sempre estarmos vendo algo infinito.
A história apresenta criaturas chamadas ''Mushi'', que frequentemente apresentam poderes sobrenaturais. Os mushis são descritos como seres em contato com a essência da vida na sua forma mais básica e pura. Devido à sua natureza efêmera, a maioria dos seres humanos é incapaz de percebe-los e é alheia à sua existência, mas há alguns que possuem a capacidade de ver e interagir com tais seres. Uma dessas pessoas é Ginko, o personagem principal da série. Ele é um ''Mestre dos Mushis'', e viaja de um lugar para outro para pesquisar e ajudar pessoas que sofrem de problemas causados por eles. Não há excesso de arqueamento da trama.
A contemplação pelas soluções e a filosofia deixada não vai apenas até a discussão de como devemos viver, e sim, o porquê devemos viver, qual o nosso objetivo, e qual o nosso sonho. A cada episódio uma pequena frase é lida deixando o contexto começar a penetrar e fazer teorias e sentimentos brotarem em quem está assistindo. A música é calma, sensorial, e consegue passar leveza, pureza, e harmonia com apenas pequenos sons do nosso cotidiano, como o som do vento, ou de água corrente. Tudo fica reflexivo em um determinado ponto na história, o que abre além de novas possibilidades de acontecimentos, grandes repercussões a respeito das decisões que podem ser tomadas daqui para frente.
Avaliação: Ótimo/Excelente