Artigo | ESPECIAL DE DIA DAS MÃES: O dia em que minha Mãe assistiu Harry Potter

Maykon Oliveira
Por
0

Conhecer alguém que nunca ouviu falar de Harry Potter, é praticamente impossível atualmente, não é mesmo? O sucesso estrondoso da franquia culminou em milhões de fãs pelo mundo todo; e uma vez que ela chegou ao fim em 2011, ficamos órfãos desse mundo de magia.

Com uma proposta de apresentar novamente essa história mágica sobre amizade e amor, convidei minha mãe para assistir aos 8 filmes da saga, e dar sua opinião ao final de cada filme. Ela, é uma senhora de 53 anos, e nunca tinha assistindo nenhum filme de Harry Potter até então. Eu e meus dois irmãos, sempre assistíamos aos filmes na data em que eram lançados no cinema, o que fez por muitas vezes, sempre contarmos parte da história para minha mãe, de modo que ela pegasse o gosto e quisesse assistir, mas mesmo assim, ela não se interessava.

Anos se passaram. Atualmente, sempre aos domingos, eu tenho o costume de levar pelo menos um filme para ela assistir. As escolhas quase sempre envolvem o gênero dramático, mas agora com HP, resolvi dar a ela um pouco de ficção e fantasia. Abaixo, você encontrará o que uma senhora achou do mundo mágico de J.K. Rowling, e sua mais sincera opinião sobre esse marco histórico na era cinematográfica que despertou a atenção do mundo inteiro por mais de dez anos.

Ao começarmos em Harry Potter e a Pedra Filosofal, ela já esboçava sorrisos em saber que finalmente conheceria o tal de Harry Potter. Precisei explicar algumas coisas de antemão para ela se sentir mais à vontade com a trama. Os termos criados por Rowling podem confundir a cabeça de alguém que acabara de entrar nesse universo (vide o significado de trouxa e aborto). Quando chegamos ao fim do primeiro filme, ela logo comentou: "Isso de falar que Harry Potter é do demônio era besteira o tempo todo, né?", em sua reflexão, sua referência estava diretamente ligada ao que algumas pessoas de extremo cunho religioso afirmavam na época em que os filmes ainda estavam sendo lançados. O motivo se deve ao fato de este é, no final das contas, um filme sobre bruxos e magia.

Partimos agora para o segundo filme. Neste ponto, não irei mais comentar filme por filme, afim de deixar esta narrativa mais curta e precisa, apenas para nos concentramos no que é de fato interessante. Com o decorrer da história, ela foi se apegando cada vez mais ao trio que todos amamos: Harry, Rony e Hermione. A amizade do grupo e as piadas desenvolvidas por eles conseguiam cativa-la, e por vezes resultar em uma grande gargalhada.

Minha mãe adorou os conceitos de depressão e tristeza evidenciadas nos filmes pelos dementadores e os feitiços para repeli-los. Afirmou que essa reflexão sobre a vida e a morte é um dos traços mais bonitos dos filmes. Em Harry Potter e o Cálice de fogo, ela já pôde bater o pé e afirmar: "Esse é o meu preferido!". O motivo disto está interligado ao fato de estarmos vendo um baile de inverno, ao mesmo tempo em que assistíamos a três tarefas muito difíceis.

Entre caras sérias, e por vezes serenas, chegamos ao fim com Harry Potter e as Relíquias da morte - Parte 2. Quando o Lord das trevas é derrotado por Harry, ela não se aguenta e solta o mais largo sorriso de satisfação que alguém poderia dar. Minha mãe vibrava! Finalmente o mau do mundo bruxo chegava ao fim, e toda a satisfação de terminar a história a deixou mais feliz ainda. Nos minutos finais, ela pode afirmar com todas as letras que Harry Potter é maravilhoso, e que a autora J.K. Rowling tem uma criatividade enorme.

Entre filosofias de vida, e mensagens de otimismo sobre viver e morrer, ela se sentiu feliz em finalmente conhecer esta história, e terminou me dizendo: "Agora eu sei porque você gostou disso todos esses anos". Neste momento, minha mãe se tornara fã. Neste momento, ela conheceu o mundo da magia, nesse momento, ela entendeu o que é a história do menino que sobreviveu e como ela ajudou crianças e jovens pelo mundo inteiro.

Postar um comentário

0Comentários

Postar um comentário (0)